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Não era a primeira vez que eles se viam, muito menos a primeira vez em que os olhares se encontravam buscando uma só coisa, mas... ah, daquela vez não iria prestar.

Jeongguk estava cansado de ter apenas um lancinho com Jimin e faria de tudo para passar a ser o jogo principal.

"Acordo de casamento" foi o que propuseram quando se casaram para evitar que o relacionamento entrasse na mesmice. O plano era apimentar algumas noites com fetiches estranhos e pedidos inusitados. Dessa vez, Jimin precisava de todos os ensinamentos que o Doutor Min pudesse lhe dar para ser o melhor profissional, mesmo que estes fossem um pouco mais ousados.

Enquanto as ruas em Salvador estavam lotadas e barulhentas por causa do carnaval, em um hotel em especial, a calmaria e a inexperiência rondavam o jovem casal em sua primeira vez.

Após muita experiência acumulada com olhares, Jeongguk viu-se perdido em toda a provocação de Park Jimin, o dançarino de uma boate popular em Busan. O loirinho não poupava esforços para retirar até o último resquício de sanidade que o Jeon ainda tinha, logo não foi surpresa quando ele percebeu que daquela vez não teria como fugir apenas sorrindo.

Jeongguk podia sentir todos os sentimentos que Jimin, seu pintor, emanava ao eternizá-lo em seus quadros. Sentimentos que não iam além da ânsia que o artista tinha pela busca do perfeito.

Aqui, Sua Alteza Real, o Príncipe Edward de Gales, perpetua seus últimos pensamentos ao seu eterno amante, o plebeu Christopher Bennett, após a confissão que tiraria a vida do herdeiro da coroa.

Jeongguk só queria segurar as mãos de Jimin e seguir por uma trilha sem volta e sem fim pelas não-cidades do mundo inteiro, perder-se em horizontes e se achar em meio à tantas estrelas no céu. Mas, sem Jimin, não poderia fazer isso.

Jimin-hyung era, com certeza, a coisa mais fofa que Jeon Jeongguk já viu na vida.

Às vezes eu preciso parar e discutir a relação que tenho comigo mesma, preciso por os papéis em seus devidos lugares e preciso de paz interior, com apenas eu e eu.