Do Kyungsoo estava mais do que satisfeito em ser um garoto invisível. Tinha um melhor amigo excêntrico, tocava trompa na bandinha sem graça da escola e participava do clube do livro nas sextas-feiras. E ele só desejava enfrentar o último ano do colegial da mesma maneira que enfrentara todos os outros: sem chamar muita atenção. Mas o garoto vê seus planos irem por água abaixo quando tem o seu grande segredo revelado. Agora, Kyungsoo precisa aprender a se acostumar não só com a luz dos holofotes pela primeira vez, mas a lidar com o quarterback irritante do time de futebol americano, Kim Jongin.
São poucas as pessoas que tiveram a oportunidade de vivenciar um grande amor, e menos ainda as que tiveram a chance de compartilhá-lo. Nas cartas amareladas e em sua máquina de escrever, Kim Jongin conta sobre o herói, e também sobre o clube de teatro. Conta sobre o garoto baixinho que gostava de ler romances policiais na estação de trem. Conta sobre suas manias esquisitas, sobre os beijos com gosto de juventude e seu sorriso de coração.
Conta sobre Do Kyungsoo.
[KAISOO | FLUFFY] Jongin é um agente da Federação Especializada, um homem acostumado a lidar com operações difíceis. Bem, talvez fosse um exagero, já que nunca teve a tarefa de cuidar de Do Kyungsoo. Um estranho desconhecido que havia um dia surgido em frente a porta de sua casa após um pedido de Natal do agente, com uma pequena mochila e um lencinho azul pendurado em uma das mãos. Jongin achava que era uma brincadeira de algum amigo, ou talvez um enviado de uma das pessoas que mandou para cadeia durante sua carreira já que o sujeito também tinha cara de suspeito, porém nada que fizesse poderia fazer Kyungsoo ir embora. Dali se inicia uma nova fase para o agente: a operação de ser babá de um duende.
Kim Jongin queria muitas coisas. Terminar o oitavo episódio da primeira temporada de Stranger Things, viver em prol de cafeína e tentar não ser um completo fracassado nas aulas de Fotografia Digital.
Mas, sobretudo, descobrir quem era o garoto misterioso do outro lado daquele walkie-talkie.
Jongin e Kyungsoo dividiam muito mais do que doces às escondidas, guerrinhas com pistolas d’água, maratonas de Billy Elliot na sessão da tarde e camisetas de super-heróis. Eram amigos de infância, parceiros de descobertas.
Durante o verão dos seus dezessete anos, Jongin descobriu não só como era estar apaixonado por um garoto, mas como era estar apaixonado pelo seu melhor amigo de infância.
E Kyungsoo descobriu que podia metaforicamente derreter nos braços de alguém.
Do Kyungsoo não tinha exatamente o emprego dos sonhos. Trabalhando como ator em uma casa mal-assombrada temática, ele tinha apenas duas missões: ser um profissional em dar sustos tão bom quanto James Sullivan, de Monstros S.A, e jamais — em hipótese alguma — sair de seu personagem. O garoto nunca tivera qualquer dificuldade em cumprir suas próprias regras. Não até que Kim Jongin aparecesse naquele corredor escuro e virasse o seu mundinho de morcegos de papel crepom, dentaduras de vampiro e teias de aranha de plástico de cabeça para baixo.
Kim Jongin tinha um péssimo trabalho de meio período, três amigos excêntricos dividindo o aluguel de um apartamento no subúrbio e muitos boletos atrasados. No entanto, nada parecia pior do que dividir o quarto — e também a cama — por trinta longos dias com Do Kyungsoo, o seu novo arqui-inimigo.
Havia muitas coisas que Kyungsoo gostava, como plantar a semente da discórdia, botar lenha na fogueira, ver um verdadeiro caos acontecer e chá.
Mas havia milhares de coisas que ele não gostava, como a maldita pata que Chen trouxe para o dormitório, a forma escandalosa que Chanyeol dava risada e Kim Maldito Jongin.
Ele detestava Jongin, e o moreno estava muito enganado se pensava que iria ter paz quando se mudasse para a mesma república de Kyungsoo.
De seis em seis meses, Kyungsoo procurava por novos ômegas para ajudar seus amigos no cio. Mas, daquela vez, tudo mudou. Além de ter saído de lá com um ômega a mais, ainda levou um alfa de brinde.
A partir desse semestre, a vida de nenhum dos doze fora a mesma coisa.
Quando Jongin, um estudante colegial que não acreditava no amor, recebeu um e-mail de si mesmo no futuro, ele não imaginava que existissem tantas vantagens de estar apaixonado por alguém. Nem que se apaixonaria pelo garoto com sorriso de coração antes mesmo de conhecê-lo.
“Oi, meu nome é Kim Jongin. E você pode não acreditar agora, mas eu juro que nós somos almas gêmeas.”
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